A comunidade de Brejo dos Crioulos, localizada na divisa dos municípios de São João da Ponte, Varzelândia e Verdelândia é um dos mais antigos quilombos do Brasil. A partir dos anos 1960 foi dividida em 06 grupos locais - Arapuim, Araruba, Cabaceiros, Caxambu, Conrado e Furado Seco -, devido ao processo de expropriação do território tradicional por meio da venda forçada por setores das classes médias urbanas objetivando afazendar-se. Possui uma população superior a 2.000 pessoas articuladas em 500 famílias. O quilombo encontra-se sob grave risco social e de violação do direito humano a saúde, educação, a alimentação e ao território. Para garantir a reprodução famíliar e de seu grupo, os membros da comunidade ofertam sua mão-de-obra no mercado agropecuário brasileiro, dedicando-se, sazonalmente, à colheita de café no Triângulo Mineiro. Hoje já reconhecidos como comunidade Quilombola, perseverantes ainda nesse processo de luta pela conquista do território, encontram-se em processo de negociação com o INCRA. Já ocuparam por 10 vezes fazendas dentro do território quilombola, sendo sempre despejados sem nenhuma atitude prática acerca da situação. Os fazendeiros se armam, a revelia da lei e amedrontando a comunidade. Tal violência trás para as cercanias do lugar os riscos de uma profunda desagregação social e cultural dessas comunidades, lhes roubando o único patrimônio e fator de coesão social que lhes restaram: os laços de parentescos e reciprocidades sociais conduzidos pelas celebrações, ritos e festividades embaladas pelos tambores – agora silenciados pelo medo das armas.
Mesmo assim resistem... e agora, plantam!
PARABÉNS pelo blog!
ResponderExcluirSou montesclarence, mas há alguns anos moro no RJ(Petrópolis). Fiz algumas consultorias e pesquisas em quilombos (Minas e no Paraná). Sei que a luta não é fácil, pois os grandes latifundiários a cada dia ganham mais força para tentar minar as nossas conquistas em relação ao direito às terras quilombolas. Mas, se a luta for coletiva poderemos obter muitas conquistas. Parabéns, também, pelas belas imagens! Espero um dia poder conhecer estes/as grandes guerreiros/as que, unidos, jamais desistem da luta pelas terras que lhes pertecem.
Axé!
Clareth Reis
Eu também já ajudei!!!
ResponderExcluir\o/
olá, blog bem legal!Gostei!
ResponderExcluirSou de Montes Claros e já visitei o quilombo. Fui em Araruba, no Acampamento e em Caxambu I e II. Fazia parte das missões do Colégio Marista. Estou precisando do telefone do orelhão de Araruba, você sabe? Responda no meu e-mail: cathy_sk8r_@hotmail.com
atenciosamente
catherinne